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Pimenta Medicina Chinesa

A pimenta na China – Medicina Chinesa

O sabor picante e a Medicina Tradicional Chinesa ler

21 de agosto de 2020 - 20:07

辣椒 – Em pinyin – Làjiāo

O sabor picante e a Medicina Tradicional Chinesa

A pimenta é super utilizada nos alimentos em todo o mundo e especialmente em países como México e alguns da América do Sul. E essa especiaria tão apreciada por uns e quase nada por outros, ela pode ser utilizada além da promoção de sabores: Ela pode ser remédio. Ou não.

Como assim?

Antes de te contar como funciona a pimenta como remédio, vou te contar sobre meus estudos sobre a pimenta.

A pimenta, ou 辣椒 -Làjiāo – em mandarim, é super comum na China. Praticamente em todos os pratos tem pimenta. E pra te falar a verdade não é pouca pimenta. É muita pimenta!

Tanto é que uma das expressões que fui orientada a estudar com afinco, para saber na ponta da língua, na primeira vez que fui pra China, foi 没有 辣椒 –  Méiyŏu Làjiāo  ou 不辣椒 – Bù Làjiāo. Para pedir qualquer comida sem pimenta.

Comendo uma das minhas comidas preferidas (mas com muita pimenta) em Beijing

Quando eu fui morar na China para estudar Medicina Chinesa, eu sabia que poderia usar essas expressões para pedir alimentos sem pimenta, mas por já ter ido estudar anteriormente, sabia que não adiantaria tanto assim. Afinal, eu já sabia que a maioria das comidas já eram preparadas com bastante pimenta (pois é!). Então pedir sem pimenta, era somente uma forma para não adicionarem mais.

Para quem não está acostumado com tanta pimenta, é natural que desordens aconteçam. Dor de estômago, diarréia e securas no organismo, acne… Ao longo do tempo que morei lá, acabei acostumando.  E claro, sempre sem adicionar, até porque nem precisava…

A maioria das comidas na China já são preparadas e misturadas. E eu sempre almoçava no restaurante do hospital e escola, então não era opcional a pimenta. Nem tudo é super apimentado. Mas a maioria tem pimenta. Mais do que estamos acostumados no Brasil. Mas a vida é adaptação né?

Sobre essa cultura da pimenta, na China. Nem sempre foi assim. As pimentas são originárias aqui da América, tanto América do Sul e o México – super famoso pela produção e consumo de pimenta, inclusive.

Olha essa foto de um restaurante no México que eu fui, na Cidade do México. É sempre assim, tem várias opções, na moioria dos restaurantes:

Tipos de pimentas variadas em um restaurante Mexicano

Mas a pimenta na China, foi introduzida depois da Dinastia Ming  大明国 –  Dà Míng Guó, ( que foi a dinastia que governou a China de 1368 a 1644. Ou seja, se você parar para pensar, nem é tão antiga assim essa introdução da pimenta na alimentação deles.

De fato, os chineses sempre utilizaram o sabor picante – que não vem só da pimenta, sabia?  – Por cuidarem da alimentação de acordo com os 5 elementos –  五行  Wǔxíng –  com bases de filosofia e Medicina Chinesa.

Mas como assim?

Basicamente porque na teoria dos 5 elementos, cada órgão e víscera, está relacionados com os 5 sabores, que são divididos em cinco padrões, que são: 酸 Suan azedo,苦  Kǔ amargo,甘Gan doce,咸 Xián salgado, e 辛 Xīn picante.

E fazer essa relação é uma oportunidade de adequar e otimizar o funcionamento do nosso corpo em geral, já que todos os órgãos e vísceras trabalham juntos para a homeostase – o bom funcionamento do nosso organismo.

Por sempre utilizarem os 5 elementos na alimentação, os sábios chineses antes da chegada da pimenta em território asiático, utilizavam outras formas de conseguir inserir esse sabor picante, como por exemplo o 姜 gengibre, 蒜  suàn alho, 葱 cōng alho-poró, 韭菜  jiǔcài cebolinha verde, 藠 头 jiào tóu  alho chinês e a  cebola 洋葱 yángcōne  algumas plantas locais como 食 茱萸 ou cebola espinhosa, 芥末 Jièmò – um tipo de mostarda e  花椒  huājiāo.

Depois que a pimenta chegou na China, eles nunca mais deixaram de usá-la. (Tenho certeza disso, rsrs!)

Drink com pimenta no Festival Hot & Spice

Falando nessa super utilização, no último dia 14, aconteceu o festival Hot & Spice em Beijing, com música mexicana, restaurantes chineses com comidas apimentadas, os famosos mariachis mexicanos e um campeonato de quem come mais pimenta.

México + China, só poderia ter um resultado em que não parei de pensar: muuuuita pimenta. Motivo que me levou a escrever sobre essa especiaria e a sua relação com o nosso organismo e seus benefícios pela visão da Medicina Tradicional Chinesa.

A pimenta pode ser utilizada para dores abdominais de frio (acupunturistas entenderão), vômitos e diarreia. Além disso, ela estimula a secreção de saliva e suco gástrico, aumenta a atividade da amilase (enzina que atua na digestão do amido (contido em alimentos como batata doce, mandioca, arroz, milho, trigo e etc…), aumentando o apetite e promove o peristaltismo do trato gastrointestinal – que é essencial para garantir a movimentação dos alimentos pelo trato – para facilitar a digestão.

E a pimenta ainda  aumenta o apetite!

Em alguns casos, a pimenta não deve ser utilizada. E em outros, ela não deve ser utilizada com frequência: pode levar à garganta seca, tosse, constipação intestinal, problemas nos olhos e o consumo excessivo poder danificar e causar sangramento na boca e no estômago.

Ah mas como que chinês come tanta pimenta e não tem nada disso?

Primeiro: Chinês é chinês, ou seja, eles têm a genética diferente da nossa.

E segundo: Eles estão acostumados a fazer refeições apimentadas desde pequenos.

Na China, além do uso na alimentação e fitoterapia, utiliza-se a pimenta sob a forma de compressas, pastas, pomadas. O uso tópico é feito para perda de cabelos como alopecia aerata, queimaduras de frio, entorses, para inflamações cirúrgicas, dor lombar e dores nas pernas. O gengibre e o alho também costumam ser utilizados. Além de haver o tipos de misturas.

A pimenta pode ser remédio e pode não ser. Depende de cada caso ou seja cada paciente, com sua particularidade. E isso deve ser analisado após consulta realizada por profissional especializado para ser orientado, da mesma forma, pelas óticas de um profissional treinado e capaz, de Medicina de Medicina Tradicional Chinesa. E esse tipo de tratamento tópico, ou seja, diretamente na pele do paciente, pode gerar vermelhidão e queimar. E não é tão utilizado no Brasil.

O que devemos saber é que a frase: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” atribuída a Hipócrates, pai da Medicina Ocidental, deve ser levada em consideração sempre. E que o uso em excesso pode ser prejudicial. Por isso para inserir na alimentação, é fundamental que o paciente seja orientado quanto ao uso, para evitar possíveis danos ao organismo.

Em todo tipo de tratamento com Medicina Chinesa, é sempre fundamental consultar um profissional especializado para se adequar aos tratamentos de forma individual.

No mais, é isso por hoje.

再見. Zài jiàn.

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